AUTOMAÇÃO
Entende-se por automático todo processo que se desenvolve sem a necessidade de intervenção humana nas etapas de medição, tomada de decisão e ação corretiva.
Nos tempos modernos a automação tornou-se parte do nosso cotidiano com diversas aplicações na área residencial, na comercial e, principalmente, na industrial.
Podemos citar como exemplos de automação:
• Na área residencial: climatização de ambientes, eletrodomésticos inteligentes (lavadoras e aspiradores de pó, por exemplo), monitoramento de alarmes e prédios inteligentes;
• Na área comercial: caixas automáticos (sistemas bancários), centrais telefônicas, controle de tráfego e estacionamento, sistema de cobrança (etiqueta inteligente), sistemas de segurança patrimonial, etc.;
• Na área industrial: controle automático de processos industriais, intertravamento de sistemas de controle, gerenciamento de energia elétrica, sistemas de logística, entre outros;
• Na área rural (Agro Indústria): controle de umidade e temperatura em estufas, controle de irrigação, aplicação de herbicidas, controle e monitoramento remoto por drones.
Em toda a história da humanidade estão presentes as tentativas de substituir a força humana pela força dos animais, ação dos ventos e quedas d’água embora isto, quase sempre, tenha sido feito com o emprego de máquinas rudimentares. Este processo denominado de mecanização apresentou uma forte evolução a partir da revolução industrial (século XVIII) com o uso de máquinas a vapor e, mais adiante, com o aparecimento do motor a explosão e de aplicações bem sucedidas da energia elétrica.
O desenvolvimento, por James Watt, do regulador centrífugo de velocidade para máquinas a vapor (em 1769), aparece como um dos primeiros dispositivos automáticos porque permitia o controle da velocidade das máquinas térmicas sem necessidade da intervenção de um operador.
No início do século XX surgiram os termostatos e as chaves de nível, dentre outros dispositivos, capazes de controlar alguns processos simples.
Após o surgimento dos primeiros controladores pneumáticos nos anos 1930 e, com a evolução da Instrumentação Industrial, impulsionada pela evolução da eletrônica, todo processo tornou-se virtualmente passível de ser automatizado.
Nos anos 1960 apareceram as primeiras aplicações de controle baseadas em computador e a aquisição de dados.
A partir dos anos 1980 o aparecimento de sensores e atuadores inteligentes, robôs, tornos CNC, eficientes sistemas de supervisão além do uso de protocolos de redes que permitiram a integração destes dispositivos.
A constante evolução da eletrônica (semicondutores) proporcionou o aumento da capacidade de processamento e de memória dos dispositivos microprocessadores. Com isso, hoje dispomos de uma grande variedade de elementos que permitem o controle automático de plantas industriais de elevada complexidade, possibilitando disponibilidade de dados para supervisão e controle inclusive através de redes sem fio (wireless), Internet ou telefonia móvel.
Basicamente a automação de um processo produtivo visa a sua otimização, obtendo produtos com um custo unitário reduzido em um tempo menor e com uma maior uniformidade. Isto é conseguido indiretamente quando alcançados os seguintes objetivos:
• Aumentar e controlar a qualidade do produto;
• Incrementar a produtividade;
• Aumentar a confiabilidade do processo;
• Disponibilizar dos dados referentes ao processo para análise;
• Aumento da segurança em relação às pessoas e ao ambiente.
Essa é uma pequena noção sobre o assunto da Automação.
Na próxima edição falaremos mais sobre o assunto.
Um grande abraço.
Cleber de Paula Píres
Técnico em Instrumentação Industrial e Controle de Processos, Tecnólogo em Processamento de Dados, Engenheiro Eletricista, Especialista em Controle de Processos Industriais
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