AUTOMAÇÃO DEPOIS DE JAMES WATT

AUTOMAÇÃO DEPOIS DE JAMES WATT

Na última edição da nossa coluna, falamos sobre um breve histórico da Automação. Vamos continuar falando sobre a evolução da automação depois das brilhantes contribuições do britânico, que era construtor de instrumentos científicos e inventor, o escocês James Watt, para o funcionamento das máquinas à vapor.

No início do século XX, em plena revolução industrial, surgiram os primeiros elementos de medição de temperatura, os termostatos. Na mesma época surgiram também os primeiros aparelhos controladores de nível, as chaves de nível. Também foram inventados outros dispositivos capazes de controlar alguns pequenos processos industriais de forma automática. Apesar de hoje em dia eles serem considerados aparelhos simples, eles representaram uma grande evolução para a época, pois reduziram consideravelmente a perda de insumos e de produtos, assim como evitavam alguns acidentes, que infelizmente eram comuns naquela época, por conta dos mesmos motivos.

Nos anos de 1930, surgiram os primeiros controladores pneumáticos, aparelhos que funcionavam acionados por pressão de ar (ar comprimido). Com a evolução da Instrumentação Industrial, impulsionada principalmente pela evolução da eletrônica, praticamente todos os processos industriais tornaram-se virtualmente passíveis de serem automatizados.

Aliás, falamos de Instrumentação Industrial, o que vem a ser isso?

Instrumentação: corresponde às técnicas e dispositivos empregados na medição, tratamento e transmissão das variáveis de um processo industrial.

Afinal, o que a Instrumentação proporciona?

A Instrumentação é a responsável por enviar para um aparelho controlador as informações sobre o que está acontecendo no processo industrial, através dos sensores (que são os Elementos Primários), bem como receber as informações de controle do aparelho controlador e efetuar as devidas ações de controle do processo industrial através dos atuadores (que são os Elementos Finais de Controle).

Lá pelos anos de 1960 apareceram as primeiras aplicações de controle de processos industriais, que eram baseadas em computador, o que também proporcionou a aquisição de dados do processo, com seus devidos registros e armazenamentos.

Com o contínuo avanço da eletrônica, ou seja, o avanço da microeletrônica, a partir dos anos de 1980 surgiram os primeiros sensores e atuadores inteligentes, assim como os primeiros robôs, os tornos automatizados como os tornos CNC (Controle Numérico Computadorizado), os eficientes sistemas de supervisão de processos industriais, além do uso de protocolos de comunicação de redes computadorizadas, que permitiram a integração de todos estes dispositivos dos processos industriais.

Através da constante evolução da microeletrônica, os dispositivos eletrônicos chamados de semicondutores proporcionaram o aumento da capacidade de processamento e da capacidade de memória de todos os dispositivos microprocessadores. Com isso, foi possível dispormos de uma grande variedade de elementos que permitem o controle automático de plantas industriais de média e de elevada complexidade, possibilitando a disponibilidade de dados para supervisão e para o controle dos processos industriais, inclusive através de redes de informação computadorizadas sem fio (wireless), Internet ou por telefonia móvel.

Vamos finalizar com essas informações. Em breve retornaremos a falar sobre esse interessante assunto para a área tecnológica.

Cleber de Paula Píres
Técnico em Instrumentação Industrial e Controle de Processos, Tecnólogo em Processamento de Dados, Engenheiro Eletricista, Especialista em Controle de Processos Industriais

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